As 12 tendências da educação brasileira até 2017
Por: Patrícia Gomes
Laboratórios móveis, redes, inteligências colaborativas, geolocalização,
aprendizado baseado em jogos, conteúdo aberto. Achou essa lista
futurista demais para ser usado em escala nas escolas do Brasil,
públicas e privadas? Talvez ela não seja tão inalcançável assim. O
sistema Firjan reuniu um grupo de 30 especialistas para analisar o
estado do uso da tecnologia em práticas no país e fez prognósticos sobre
quais ferramentas já estarão sendo usadas em escala em um horizonte de
até cinco anos.
O estudo “As Perspectivas Tecnológicas para o Ensino Fundamental e Médio Brasileiro de 2012 a 2017: Uma Análise Regional do NMC Report”, identifica 12 tecnologias emergentes que têm
potencial para impactar o ensino, além das dez principais tendências e
os dez maiores desafios da educação brasileira.
Entre as 12 tecnologias apresentadas, quatro foram apontadas entre as
que devem começar a fazer parte massivamente das salas de aula em menos
de um ano: ambientes colaborativos, aprendizagem baseada em jogos e os
dispositivos móveis representados por celulares e tablets; outras quatro
estavam entre as que devem começar a ter seu uso mais frequente em dois
ou três anos: redes, geolocalização, aplicativos móveis e conteúdo
aberto; e mais quatro foram podem ser esperadas em um período de quatro
ou cinco anos: inteligência coletiva, laboratórios móveis, ambiente
pessoal de aprendizagem e aplicações semânticas. (Alguns desses termos
podem ainda não estar claros, por isso o Porvir preparou um infográfico
explicativo, confira abaixo).
Feito pela primeira vez no Brasil, o estudo insere um capítulo regional ao já tradicional Horizon Report, que anualmente faz previsões sobre o uso da tecnologia no universo educacional. O panorama global permitiu também comparações entre o contexto brasileiro e o internacional. Bruno Gomes, assessor de tecnologias educacionais do Sistema Firjan e participante tanto da pesquisa global quanto da nacional, ressalta alguns pontos em que nós nos distanciamos muito do mundo. “No Brasil, a gente já consegue ver o hardware, as coisas físicas em sala de aula, como o celular e o tablet. Mas falta a internet, então tudo que é feito na nuvem ou depende de uma rede boa e estabilizada vem depois”, diz.
Por isso, enquanto nos países ibero-americanos e na pesquisa global a
computação em nuvem é uma realidade esperada em um ano, os
especialistas brasileiros nem sequer apostaram nela para um panorama de
até cinco anos. “Outra curiosidade é que, conteúdo livre, que já está
acontecendo no mundo, ainda não vai acontecer no Brasil neste ano. O
brasileiro ainda é apegado à autoria”, acrescenta Gomes.
Apesar das diferenças, alguns pontos são comuns em todas as partes do mundo, principalmente no que diz respeito aos desafios encontrados. “Formação de professores é um problema para o mundo”, ressalta Gomes. No relatório divulgado durante o evento Conecta 2012, os especialistas destacam também outra relevante coincidência entre o que esperam ver no Brasil e o que está posto no mundo. “Os 30 membros do conselho deste projeto concordaram com o conselho global em relação à tendência mais importante. Eles perceberam as portas se abrindo nas escolas de educação básica no Brasil para modelos de aprendizado híbrido e colaborativo”, afirmam os autores do relatório.
Infelizmente essa realidade é um pouco diferente, o educador não tem a sua disposição todo o material necessário para que a educação se torne excelente. A tecnologia desempenha papel fundamental nos países ricos. Nós precisamos discutir um pouco mais sobre todos os passos que precisamos dar para mudar a realidade dos nossos educadores e educandos do Brasil. Ainda bem que existem trabalhos que já estão começando a mudar essa realidade, e essa divulgação que o blog está fazendo é de fundamental importancia. Parabéns pela iniciativa dos membros aqui.
ResponderExcluirNo Brasil há ainda muitas etapas para que se consiga alcançar essas etapas, o trabalho do governo infelizmente não preocupa-se com os nossos profissionais da educação.
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